Quando algo vêm dando errado em nossa vida, algum fato triste nos deixou desanimados, ou simplesmente sentimos uma tristeza profunda sem motivo aparente e até mesmo estamos com alguma disfunção fisiológica (como desequilíbrio hormonal, por exemplo) podemos desencadear um processo depressivo.

Mas, afinal, o que é essa tal de depressão?

Segundo o Catálogo Internacional de Doenças, o CID, depressão caracteriza-se por: “…ocorrência repetida de episódios depressivos correspondentes à descrição de um episódio depressivo na ausência de todo antecedente de episódios independentes de exaltação de humor e de aumento de energia (mania). O transtorno pode, contudo, comportar breves episódios caracterizados por um ligeiro aumento de humor e da atividade (hipomania), sucedendo imediatamente a um episódio depressivo, e por vezes precipitados por um tratamento antidepressivo. As formas mais graves do transtorno depressivo recorrente apresentam numerosos pontos comuns com os conceitos anteriores da depressão maníaco-depressiva, melancolia, depressão vital e depressão endógena. O primeiro episódio pode ocorrer em qualquer idade, da infância à senilidade, sendo que o início pode ser agudo ou insidioso e a duração variável de algumas semanas a alguns meses.”

O diagnóstico de depressão requer a presença de cinco ou mais dos seguintes sintomas, durante pelo menos duas semanas, provocando distúrbios e prejuízos na área social, familiar, profissional e outros campos da rotina diária.

• Estado deprimido: sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias;
• Anedônia: interesse ou prazer diminuído para realizar a maioria das atividades;
• Alteração de peso: perda ou ganho de peso não intencional;
• Distúrbio de sono: insônia ou hipersônia praticamente diárias;
• Problemas psicomotores: agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias;
• Falta de energia: fadiga ou perda de energia, diariamente;
• Culpa excessiva: sentimento permanente de culpa e inutilidade;
• Dificuldade de concentração: habilidade frequentemente diminuída para pensar ou concentrar-se;
• Idéias suicidas: pensamentos recorrentes de suicídio ou morte.

Muitos afirmam que a depressão causa perda de apetite, mas para quem já apresenta propensão a ganho de peso, a depressão pode estar ligada ao aumento do volume de alimentação, podendo até gerar episódios de compulsão alimentar.

A maioria da população tende a banalizar quando esses tipos de sintomas são apresentados como queixas por seus familiares e amigos. Geralmente tacham essas reclamações de frescura, bobeira, ou até mesmo falta de um tanque de roupas para lavar. Mas devemos ficar muito atentos!!! A depressão pode estar ligada também a autoestima e é nesse momento que ela se torna prejudicial a quem está em um processo de emagrecimento.

É muito comum vermos pessoas que emagrecem com facilidade, ou modelos famosas na internet que compartilham sua rotina de alimentação saudável e atividades físicas diárias. E também é muito comum nos compararmos a essas pessoas, como se elas tivessem mais determinação, mais comprometimento, mais foco… E você não. Aí que mora o perigo!!! Se sua autoestima não está bem sustentada, é provável que essa tristeza aumente e você se sinta incapaz ao se comparar a essas pessoas bem sucedidas no processo de emagrecimento. Isso pode te fazer desistir, comer ainda mais e aumentar seu problema.

Lembre-se que cada pessoa é única, cada um possui a sua realidade e é com ela que devemos lidar! E lembre-se também se qualquer sintoma desse tipo aparecer, você deve procurar um profissional especializado que possa te orientar e até mesmo te medicar para te ajudar a sair dessa! Depressão é uma doença silenciosa pois os sintomas são internos e podem levar a morte!