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Terapias alternativas para o dia de descanso do corredor - parte I

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Autor: Prof. Luis Carlos de Moraes
Ilustração do artigo


      Todos nós corredores por mais equilibrados, fiéis e conscientes do que devemos ou não fazer nos treinamentos em muitos momentos não conseguimos frear nossos impulsos e passamos dos limites em determinados treinos ou competição. O resultado a gente já sabe. São desde dores musculares até lesões esportivas. Não vejo isso exatamente como um erro porque também se não testarmos os nossos limites nunca saberemos onde realmente podemos chegar ou qual é a nossa velocidade limite para cada tipo de prova.

      Sendo assim, o importante é sabermos dosar na justa medida intensidade, duração e descanso procurando um estado de equilíbrio porque também não se pode negar que a corrida por mais prazerosa que seja também é uma fonte significativa de estresse principalmente para quem apenas corre. Por conta disso costuma-se dizer que descanso também é treino e durante esse descanso podemos ainda recorrer aos recursos de relaxamento que são as atividades holísticas.

      Assim como a atividade física são muitas modalidades sendo impossível que alguém não goste de nada a forma de relaxar também são muitas e cada um acaba achando a mais adequada ao seu perfil e até mesmo credo. Podemos relaxar com massagem, shiatsu, reflexologia, tai-chi-chuan, ginástica Lian Gong, meditação e até mesmo a oração. Para alguns corredores, principalmente os que não suportam a idéia de não fazer nada no dia de descanso, as terapias alternativas são mais importantes ainda.



      O Shiatsu

      Nascida no Japão teve sua origem em outra massagem chamada Amna que utiliza técnica como esfregar, apalpar, apertar com dedos e etc.

      Embora cada shiatsoterapeuta use uma variedade de técnicas associadas, todas partem de um princípio comum fundamentado na força vital conhecida como "Ki" ou "Chi", para nós ocidentais, traduzida como energia, fato inegável em qualquer crença. Se nosso corpo tem energia ela corre por algum lugar e deve ter um caminho chamado de meridianos assim como o sangue corre pelas artérias e veias. Segundo a teoria japonesa, cada meridiano está ligado a um órgão ou função psicofísica e seu respectivo "Ki" podendo ser tocado em certos pontos ao longo de seu trajeto representado por um verdadeiro mapa que são os mesmos da acupuntura, uma especialidade reconhecida pela Medicina. Em japonês esses pontos são os "Tsubôs".

      Quando estamos com nossas energias em equilíbrio, tudo vai bem. Entretanto, qual de nós seres mortais, consegue isso? O Shiatsu consiste em tocar nesses pontos de fluxo interrompido de energia e liberá-los. Como os rios de uma cidade, o lixo acumulado em determinado ponto impede as águas de circularem livremente ficando antes da obstrução um excesso de água e depois, pouca água corre no leito. Com os meridianos pode ocorrer algo similar. O ponto de acupuntura chamado de "Tsubôs" é onde a energia "Ki" pode ser interrompida gerando um excesso antes e falta depois.

      Os japoneses nomearam esse excesso de "Ki" de "Jitsu" e a deficiência de "Kyo". Esse ponto de transferência de energia é aceito também por nós ocidentais e chamados de "gatilho" ou "desencadeador" onde o músculo é estimulado a contrair e relaxar. No tato, o terapeuta experiente consegue identificar "Jitsu" de "Kyo" porque o primeiro pode doer quando tocado e geralmente se apresenta tenso. O segundo, ao contrário, não dói e quando tocado reflete uma espécie de "dor gostosa" ou sensação agradável de alívio, pois o terapeuta está fornecendo energia naquela região. A arte de tocar no Shiatsu consiste em equilibrar os meridianos Kyo e Jitsu.

      Outra sabedoria oriental e que não podemos negar, é a existência de forças de energia positiva e negativa em todas as coisas e seres vivos a qual denominam Yin e Yang, forças opostas e complementares. O Yin corresponde à escuridão, ao frio, úmido, receptivo, acuado e etc. O Yang, ao claro, quente, seco, ativo e etc. Sendo assim, nada é totalmente Yin e nada totalmente Yang. Quando estamos, digamos... "pra baixo", deprimido e triste, sempre haverá "uma luz no final do túnel" da mesma forma quando estamos alegres, bem disposto e sem dor, sempre haverá alguma coisa incomodando. Daí o tradicional símbolo redondo japonês metade claro, metade escuro com um ponto escuro no claro e um ponto claro no escuro. A completa felicidade não existe assim como a profunda tristeza também não.

      Quando nossas energias começam a ficar Yang, com tudo se encaixando, alguma coisa, do nada, dá errado. Pessoas que sofrem de depressão, em algum momento de suas vidas têm alegrias, mesmo que em curto espaço de tempo. Mesmo sendo uma terapia alternativa é preciso ter habilitação além da empatia própria de quem gosta de cuidar de gente. Escolha bem o seu terapeuta.



      O Shiatsu Expresso

      O Shiatsu tradicional de corpo inteiro, para os dias de hoje demanda um tempo inviável para certas pessoas envolvidas com reuniões e compromissos diários e mais o tempo para dar aquela corridinha. Entre deslocamento, preparo para a massagem, roupa adequada e a atividade em si, gasta-se mais de uma hora. Pensando nisso, surgiu no início dos anos 80 o Shiatsu Expresso ou "Quick Massage". Trata-se de uma versão do Shiatsu feito numa cadeira especial de fácil locomoção que deixa o cliente confortavelmente instalado numa posição próxima da fetal. Não é preciso roupa especial, pode ser aplicado em qualquer lugar do jeito que estiver, seja no escritório, praça pública, shopping center e etc. O cliente pode estar com um "disk ou walk-man" ouvindo música tranqüila para se desligar do ambiente. Quanto ao terapeuta, nessa situação de agito à sua volta, entende-se ser uma pessoa emocionalmente preparada a não perder a atenção ficando focado sempre no cliente. Até porque, existe uma seqüência básica no sentido de canalizar as energias através das mãos.

      No Shiatsu Expresso, a posição em que o cliente fica facilita o terapeuta trabalhar os principais meridianos que passam pelas costas, região cervical, lombar, braços e a cabeça envolvendo assim a maior parte do corpo. Nada impede de se mesclar técnicas de alongamentos e massagem tradicional, para determinadas partes do corpo onde se concentram tensões como, por exemplo, as escápulas e o pescoço de certa forma comum entre nós corredores principalmente depois de treinos longos. Os pontos de encontro ou passagem de energia, os "Tsubôs", podem estar bloqueados pelos músculos excessivamente tensos, seja pelo trabalho ou da própria prática esportiva.

      O principal fator para, em 15 minutos o cliente ficar relaxado, esteja onde estiver, é a empatia do terapeuta. O toque, a pressão e a conduta, principalmente logo no início da sessão, são fundamentais para o sucesso. Não são raros os casos de pessoas em apenas 15 ou 20 minutos literalmente dormir na cadeira. Justamente por estarem expostas as pessoas se sentem protegidas facilitando o relaxamento total. Claro, quanto mais hábitos de vida saudável as pessoas tiverem, melhores serão os resultados.

      Ninguém precisa, por exemplo, ser absolutamente fanático por um tipo de alimentação. Comer pouco várias vezes por dia e bem variado ajuda a manter o organismo em equilíbrio. Alguns alimentos na teoria oriental são mais "Yin" e outros mais "Yang". Comer carne não é proibido, muita pode fazer mal, nenhuma pode-se não estar ingerindo nutrientes básicos. Equilibrar os sabores é mais sensato. Nem tão doce, nem salgado, nem azedo,


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