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Novos Velhos (parte 2)

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Autor: Prof. Luiz Carlos de Moraes

A gente sabe que o tempo cobra o seu preço e o envelhecimento é inevitável. Porém, com os recursos e conhecimentos de hoje e o acesso à informação sabemos como o corpo reage em cada faixa etária e o que podemos fazer para que essa desaceleração da capacidade funcional do idoso seja mais lenta e saudável. As principais doenças tais como as cardiovasculares, o diabetes, as articulares entre outras não invalidam mais o idoso como no passado. A capacidade funcional é definida como habilidade de um indivíduo realizar tarefas diárias ou mesmo inesperadas de forma segura, eficiente e sem cansaço excessivo. Isso depende da flexibilidade, da coordenação motora, agilidade, da força e resistência aeróbia geral que naturalmente vão se perdendo ao longo do tempo se nada for feito para evitar.

 

Lá no segundo grau, quando estudamos as células, aprendemos que as mitocôndrias são verdadeiras usinas geradoras de energia aeróbia responsável pelas atividades contínuas e prolongadas. A energia anaeróbia, responsável pela atividade curta e rápida, fica no sarcoplasma. Lembram disso? Pois bem, a energia anaeróbia é a primeira a se perder com o avanço da idade. A mielina, camada gelatinosa que recobre certos tipos de nervos sofre um desgaste natural interferindo diretamente nas fibras musculares brancas, as de contração rápida (tipo II). Como os nervos são formados por células que não se recompõem e sensíveis à falta de oxigênio os ramos nervosos menores são os primeiros a morrerem desativando os pequenos músculos encurtando os movimentos mais simples.

 

A capacidade de o corpo captar e distribuir oxigênio, chamada de VO² Máximo, pode diminuir em torno de 8 a 10% por década levando, se nada for feito, à incapacidade de realizar até atividades laborais simples.

 

Outra medida conhecida mede o custo energético ou equivalente metabólico descrito em MET, onde 1MET corresponde à quantidade de oxigênio necessária por minuto em condições de repouso normal, que é igual a 3,5ml de oxigênio consumido por quilograma de peso corporal por minuto (ml/kg-min). Sendo assim, já é bem estabelecida na literatura uma classificação de medida em MET para as diversas atividades, a saber: trabalho sedentário ou muito leve 1 a 3 MET; Moderado 3 a 5 MET; pesado 5 a 8 MET e muito pesado mais de 8 MET por minuto. Conclui-se então que um idoso ou qualquer pessoa com valores de VO² Máximo muito baixo não possa nem trabalhar direito porque essa capacidade vai diminuindo ao longo dos anos.

 

A massa muscular, em bom português, de uma forma geral vai "secando". Ou seja, perde-se a cada década massa muscular, processo conhecido como sarcopenia, sendo acelerado com o sedentarismo, vida irregular, estresse e etc. De origem grega, sarcopenia significa "perda de carne" (sarx = carne, penia = perda) e pode ser multifatorial.

 

A massa óssea é outra estrutura também bastante prejudicada perdendo paulatinamente mais cálcio e a sua rigidez. A conseqüência mais grave e mais conhecida é a osteoporose, primária causada pelo desgaste natural e deficiência hormonal, geralmente na terceira idade, e a secundária ligada à ingestão de certos medicamentos. Outros fatores estão relacionados ao sexo (feminino), a hereditariedade e à raça branca. A lei do uso e desuso pode levar além da osteoporose às artroses. Se não usa, atrofia.

 

O corpo perde água também e uma das conseqüências é a diminuição da espessura dos discos intervertebrais que são formados por uma camada fibrosa e cheios d'água. Discos mais finos, menos mobilidade na coluna vertebral. Além do mais, a própria ação da gravidade já contribui para isso. É sabido que o idoso fica mais baixo com o passar dos anos podendo chegar a 3% se comparado com o jovem.

 

Como a capacidade de absorver e distribuir oxigênio pelo corpo vai diminuindo o coração precisa trabalhar mais para enviar o mínimo de oxigênio para viver. Com isso a freqüência respiratória, a freqüência cardíaca e a pressão arterial aumentam também. Os ombros vão se projetando para frente e as costas ficando arcadas dificultando os movimentos do músculo diafragma. A amplitude das passadas vai diminuindo por conta do encurtamento dos músculos posteriores das pernas e quando começa arrastar o chinelo, é o fim. Tudo isso pode ser evitado com atividade física adequada que veremos na próxima edição.

 

Para Refletir: Quem não tem o que fazer, com que se preocupar e a quem cuidar não tem nada, muito menos felicidade porque também não merece . Moraes 2009.

 

Sobre a Ética: Se existe vida após a morte cada um tem a sua crença. O homem sério e que faz o bem para a sociedade fica vivo por muito tempo. Pelo menos enquanto as pessoas continuarem a falar dele mesmo depois da sua morte. Moraes 2009.


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