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Prevenção "Necessidade cada vez mais Eminente"

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Autor: Dr. Prof. Paulo Mazaro
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Prevenção "Necessidade cada vez mais Eminente"
      Com o desenvolvimento esportivo, a busca pelos resultados e os altos investimentos, observamos a cada dia, maiores alterações na estrutura do treinamento profissional e amador. Ficando cada vez mais intensiva a carga diária de esforço e stress que os atletas profissionais e amadores se submetem.
      O aspecto preventivo no tratamento das lesões esportivas reveste-se de muita importância quer se discuta atividade física de alto desempenho quer como mero coadjuvante no auxilio a saúde.
      A necessidade de aumentar o desempenho, melhorar o tempo e prolongar a longevidade dos atletas levou a Fisioterapia a ser modernizar com inúmeras técnicas e inovações tecnológicas com o qual está em constante evolução para suprir essa necessidade de quebras de recordes próprio ou olímpico.
      A maior indicação terapêutica da prevenção é a atividade física e o próprio aumento do número de pessoas que querem usufruir de seus benefícios; fazem com que os aspectos preventivos devam ser encarados com prioridade cada vez maior pelos profissionais da área da fisioterapia esportiva.
      O desempenho esportivo de cada pessoa é baseado na interação de aspectos cognitivos, capacidades físicas e psicológicas, que, na presença de certos fatores externos associados a condições limitantes, levam à aptidão física.
      A ocorrência de lesões esportivas é decorrência de inter-relação ente o atleta e o esporte praticado. Toda atividade física gera uma sobrecarga em algum ponto do aparelho locomotor. Se esta sobrecarga fica circunscrita à capacidade fisiológica do organismo de se recuperar, não há a instalação de um processo patológico com isso a missão da fisioterapia é de prevenir e acelerar o processo de recuperação do corpo após o desgaste da uma atividade física.
      A base de todas as teorias envolvidas no trabalho de prevenção das lesões leva em conta a capacidade de se avaliar adequadamente as limitações de quem pratica o esporte associada ao conhecimento da magnitude e tipo de sobrecarga que a prática do esporte gera. Atletas bem condicionados sofrem um menor número de lesões.
      Os aspectos intrínsecos (relacionados ao atleta) como biótipo do atleta, presença de lesões prévias, capacidades físicas desenvolvidas, presença de alterações corporais, desequilíbrios musculares presentes, são tão importantes nesta análise quanto os extrínsecos (relacionados ao esporte), por exemplo: tipo de esporte, material utilizado, regras utilizadas, quantidade e tipo de treinamento ministrado.
      Os erros de treinamento, porém, são os maiores responsáveis pelas lesões esportivas (60% segundo JAMES, 1978). Estes erros geralmente são causados por: quantidade inadequada de treino (muita intensidade), técnica inadequada de execução e avaliação inadequada das capacidades e/ou necessidades do atleta.
      A quantidade de treino que se aplica a um atleta é um produto das variáveis: freqüência, intensidade e duração. Cada período de treino (preparatório, competição intermediário) tem sua quantidade específica previamente determinada segundo as peculiaridades de cada esporte e respectivo calendário. Cada período de treino será subdividido em: microciclos (por ex.: planilhas de treino semanais, mesociclos (planilhas de treino mensais ou bimensais) e macrociclos (uma visão mais panorâmica das atividades do atleta levando em conta seus ápices de desempenho escolhidos).
      Organizar e quantificar um trabalho de treinamento é a melhor forma para que treinadores, médicos, fisioterapeutas, profissionais de educação física e terapeutas falem a mesma língua visando identificar pontos de risco neste cronograma de treino, evitando tanto o super- treinamento ou o mal condicionamento, ambos muito frustrantes para toda a equipe.
      Três aspectos são básicos quando se discute treinamento: força muscular, flexibilidade articular e capacidade cardio-respiratória.
      O trabalho muscular tem como dado primordial a carga máxima que um músculo pode suportar num determinado movimento. Temos que lembrar que nunca um movimento é executado por apenas um músculo e que sempre existe um músculo antagonista modulando a execução deste movimento. O trabalho muscular como qualquer outro deve ser o mais específico possível para o esporte praticado, para que o músculo desenvolva as capacidades necessárias para a execução repetitiva dos atos motores seqüenciais determinados pelo esporte.
      Devemos levar em conta que os músculos compõem-se de fibras que possuem características metabólicas diferenciadas:
      I - baixa velocidade de condução do impulso, suporta prolongada tensão, baixo índice de fadiga com alta atividade oxidativa;
      II - alta velocidade de condução do impulso, suporta tensão maior por tempo menor, alto índice de fadiga com baixa capacidade oxidativa.
      A composição muscular de um indivíduo é determinada geneticamente, embora estudos mais recentes mostram uma plasticidade maior das fibras tipo II. Esta plasticidade ocorre em função do tipo de sobrecarga que é imposta a estas fibras.
      O treinamento muscular deve ser expresso em porcentagem da carga máxima levando-se em conta o número de repetições de cada exercício, o número de séries, o tempo de execução do exercício, o tempo de repouso entre as séries e a seqüência de sua execução.
      O fortalecimento muscular pode ser dividido em componentes de potência e resistência de força, de acordo com o trabalho realizado. A manutenção do equilíbrio entre musculatura antagonista e agonista de um movimento é condição essencial para que este movimento seja executado sem sobrecargas biomecânicas articulares. Atualmente já existem sistemas computadorizados (Cybex, Kinkon, Merec, etc.) que podem aferir com precisão dados como: trabalho executado, equilíbrio muscular, picos de torque, dentre outros.
      Quanto à flexibilidade articular, sabe-se que a sua determinante é anatômica e extremamente individualizada para cada pessoa. A capacidade de um bom programa de treino de melhorá-la gira em torno de 30%. A sua perda diminui a eficiência mecânica do movimento. Fatores como idade e sexo influem decisivamente, devido à maior ou menor concentração de água no colágeno que compõe as estruturas periarticulares (menor teor de água, maior rigidez do sistema).
      O exercício clássico para melhora desta flexibilidade é o alongamento. É dividido em componentes passivo e ativo (ativo, o atleta executa e passivo, executam no atleta). Os exercícios de alongamento devem ser executados 2 horas antes ou 4 horas depois da atividade física (ler artigo sobre alongamento antes ou após a atividade física) e nunca um pouco antes ou logo em seguida a atividade física como as maiorias dos atletas fazem.
      Segundos estudos feitos pelo instituto de fisioterapia do departamento de clínica geral do Erasmus Medical Centre, de Roterdã, na Holanda o "Alongamento Antes ou Após a atividade física não Reduz o Risco de Lesão Muscular". Por isso o correto é se fazer são exercícios de aquecimento e desaquecimento (antes e após a atividade física), ou seja, exercícios dinâmicos. (tudo que se movimenta) podendo ser o próprio gesto esportivo


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