A ciência, o método científico e a atitude científica têm apresentado importância fundamental em todo o mundo, descobrindo, organizando e humanizando a verdade, além de ter solucionado diversos problemas da humanidade. A área do esporte, do exercício, da atividade física, não é exceção neste sentido, embora seja bastante recente a existência de estudos científicos para atender e resolver seus problemas.
      Atualmente, o grau de desenvolvimento da ciência aplicada ao esporte, ao exercício e a atividade física é tão elevado que facilmente se encontra na literatura mundial estudos bioquímicos, moleculares e genéticos aplicados a esta área de conhecimento.
      O triathlon, esporte que combina natação, ciclismo e corrida têm despertado os interesses de muitos pesquisadores desde a sua primeira disputa em 1978 no Havaí, onde 15 participantes largaram e apenas 12 chegaram ao final.
      O esporte que teve sua origem em um desafio entre amigos é muito difundido atualmente, já figurando no quadro de modalidades desportivas olímpicas (desde o ano de 2000 nas Olimpíadas de Sidney, Austrália), tendo campeonatos importantes ao longo do ano, como o Circuito Mundial de Triathlon Olímpico organizado pela International Triathlon Union - ITU, Circuito Mundial de Ironman e no Brasil além do Troféu Brasil de Triathlon, se destacam as disputas nacionais organizadas pela Confederação Brasileira de Triathlon - CBTri que tem adquirido grande importância nos últimos anos.
      A ciência, o método científico e a atitude científica começaram a ser aplicados no triathlon no começo da década de 80, quando chegam aos EUA diversas notícias pela imprensa local das disputas no Havaí, com atletas se superando ao extremo para completarem as árduas distâncias do Ironman. A partir daí, os primeiros indicadores investigados foram à capacidade física dos atletas e seus programas de treinamento. Depois de muito se estudar e não conseguirem determinar um fator principal do rendimento no triathlon, novos olhares foram dados às pesquisas. No Brasil, as primeiras pesquisas com triatletas se deram no início da década de 90, com pesquisadores das principais universidades brasileiras (USP, UNIFESP e UNESP), focando as características dos atletas brasileiros, além da própria competição e seus fatores determinantes.
      Atualmente, as pesquisas estão cada vez mais avançadas, focando desde a influência da transição no desempenho da prova, como qual modalidade influencia mais no desempenho do triathlon em diferentes distâncias, chegando até a influência de determinados genes humanos no rendimento.
      Mesmo com toda esta sofisticação nas pesquisas poucas são aplicadas no dia-a-dia do treinamento dos atletas, o que poderia auxiliar na busca de um melhor desempenho ou mesmo na manutenção dele. A produção científica brasileira e mundial cresceu muito nos últimos 5 anos e merece ser difundida e aplicada, pois o embasamento teórico junto à prática desportiva diária trará grandes resultados. Com certeza a ciência ainda não consegue explicar alguns fenômenos que acontecem com você, mas muitos deles já são conhecidos, por isso converse com seu técnico e saiba mais sobre como a ciência pode te ajudar.
       "AQUELES QUE ESTÃO ENAMORADOS COM A PRÁTICA SEM A CIÊNCIA SÃO COMO UM MARINHEIRO QUE ENTRA EM UM NAVIO SEM LEME DE DIREÇÃO E BÚSSULA E NUNCA SABE PARA ONDE ESTÁ INDO"
      LEONARDO DA VINCI