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Padrão de movimento no ciclismo

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Autor: Thiago Faria dos Santos
Ilustração do artigo

 

Muitos atletas já devem ter lido sobre o padrão de força nos pedais durante o ciclismo, aquela história de puxar, chutar, empurrar e raspar, garantindo uma boa distribuição de força, melhorando rendimento e evitando lesões.

Bom hoje vou falar sobre o PADRÃO DE MOVIMENTO NO CICLISMO E AFINS.

 

Explicando de forma bem simplificada, a pedalada movimenta 3 grandes articulações (quadril, joelho e tornozelo). Existe uma serie de outras articulações menores envolvidas na pedalada, mas para facilitar o entendimento vamos nos centrar nas 3 citadas acima.

Apesar de ser um movimento relativamente simples, erros no padrão de movimento são muito comuns e estão relacionados à redução no rendimento e maior possibilidade de lesões.

Os erros mais comuns se concentram nas articulações dos tornozelos e tornozelos. Nos tornozelos, pelo que vemos muito na nosso clínica, é a movimentação exagerada, ou seja, em cada pedalada o tornozelo flexiona e estende demais. Na figura abaixo temos o gráfico de um bom movimento de tornozelo; note que a amplitude articular é pequena, por volta de 11º : 

Já nessa outra figura a amplitude é de quase 20º e em nossas avaliações já encontramos amplitudes superiores a 30º. 

Nessa outra figura é possível notar essa movimentação de outra forma, note como fica pontiaguda a parte de cima da pedalada, na linha verde, que representa o movimento da articulação do tornozelo:

Nessa figura abaixo, mostra um movimento bem mais próximo do circular , na linha laranjada.

Porque é ruim movimentar demais a articulação do tornozelo?

Muito simples, na pedalada a maior parte da movimentação é gerada pelos músculos do quadríceps e dos ísquios tibiais, que gera a extensão e flexão do quadril e  do joelho. O tornozelo deve se movimentar pouco para que transmita essa movimentação para os pedais,  pois se a movimentação for exagerada irá dissipar parte da energia cinética, gerando uma menor movimentação dos pedais, que por sua vez gerará menor movimentação da bicicleta, ou seja, queda no rendimento.

 

Como melhorar isso ?

Primeiro é preciso saber se você realiza ou não essa movimentação desnecessária. Uma avaliação cinemática da sua pedalada é fundamental para saber se tem algum padrão indesejado de movimento. Nós realizamos essa avaliação em nosso laboratório, www.treinebr.com.br, não sei se existem muito lugares que realizam isso no Brasil.  Sabido do problema, normalmente são recomendados exercícios educativos que em sua maioria têm o objetivo de se concentrar no movimento de uma só perna durante a pedalada e tentar sentir a variação angular,  e ir corrigindo isso com o tempo. O uso da pedalada de lado para algum espelho pode ajudar. Algumas vezes é preciso o complemento de um trabalho de reforço muscular de do tríceps sural (panturrilha), para dar conta do esforço ligeiramente maior.

Passado algum tempo de treino é interessante reavaliar para medirmos se o padrão melhorou ou  se precisará corrigir ainda mais alguma coisa. Esses cuidados não são simples, mas vão representar um bom ganho de rendimento.

Faça sua avaliação e melhore seu rendimento.

 

Futuramente falaremos de outros vícios de pedalada.

 

Grande abraço e bons treinos a todos.


Atenciosamente

Thiago Faria dos Santos.


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